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Quanto tempo dura o resguardo de cesárea?


Quanto tempo dura o resguardo de cesárea?

8 meses atrás / 6 min de leitura

De acordo com os dados divulgados pela Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), cerca de 56% dos partos realizados no Brasil são cesáreas – um número que vem aumentando progressivamente ao longo das últimas décadas. Talvez você tenha passado por uma cesariana por escolha ou por necessidade, em caso de complicações que exigem a intervenção cirúrgica. Mas e depois da cirurgia, quanto tempo a mulher tem que ficar de repouso? A recuperação é mais lenta do que a de um parto normal mesmo? Descubra quais são as principais orientações para o resguardo pós-cesárea e quanto tempo ele dura.

O que é resguardo pós-cesárea?

Tanto o parto normal quanto a cesariana exigem um período de resguardo, ou seja, uma fase de repouso e recuperação física. A cesárea, porém, por ser uma cirurgia, costuma exigir mais cuidados. A começar pelo tempo de hospital. Após o parto normal, em geral, as mães ficam em observação por apenas 24h, mas se o parto foi uma cesariana, ela deve permanecer na maternidade pelo menos por dois ou três dias. A liberação para fazer atividades de maior esforço, como subir escadas ou ter relações sexuais, também costuma vir mais tarde, no mínimo 30 dias após a cirurgia. Há também mais incidência de dor e cólicas na recuperação do parto cesárea. 

Importância do resguardo para a recuperação pós-cirúrgica

Como qualquer cirurgia, a cesariana exige cuidados de pós-operatório – principalmente para evitar infecções – e um período de resguardo para o corpo se recuperar. O médico realiza um corte abdominal e os pontos precisam de um tempo de cicatrização. A cesárea oferece certos riscos, como sangramento intraparto e hemorragia pós-parto, infecção/sepse materna, quadros tromboembólicos e lesões de órgãos pélvicos, especialmente na cirurgia de urgência. Por isso, o tempo de observação no hospital é maior e o acompanhamento médico nas semanas seguintes também precisa ser mais atento e próximo. 

Duração típica do resguardo após cesárea

Após a cesárea, a mulher deve ficar pelo menos cinco dias de repouso completo, mas o tempo de recuperação total pode levar até seis semanas. Veja quais são orientações básicas para o pós-operatório e o que não se deve fazer durante o resguardo. 

Período inicial no hospital

Como você já sabe, por se tratar de uma cirurgia, com riscos de complicações, a mulher que passa por uma cesárea deve ficar de dois a três dias em observação no hospital. Esse procedimento facilita a intervenção médica rápida no caso de uma hemorragia ou infecção que se apresente nesse pós-parto imediato. Assim que o médico avaliar o estado geral de saúde da mãe, ela pode voltar para casa com o seu bebê.

Recomendações para a primeira semana em casa

Na primeira semana, a mulher deve evitar qualquer tipo de esforço mais intenso. É aconselhável dar pequenas caminhadas leves pela casa para ativar circulação e prevenir a prisão de ventre, mas nada que exija mais esforço físico. É preciso também fazer a higienização correta dos pontos, com sabão neutro e água corrente, para prevenir infecções. É comum nessa primeira semana que as dores e inchaços abdominais sejam mais agudos. O médico poderá indicar analgésicos e, no caso do inchaço, as compressas de água gelada, para aliviar o desconforto. Contudo, fique atenta para que a compressa não molhe a cicatriz, sempre utilize uma toalha para protegê-la. 

Orientações para as semanas seguintes

Gradativamente, ao longo das semanas seguintes, com o devido acompanhamento médico, a mamãe pode ir se movimentando mais. As dores tendem a diminuir. Depois que os pontos forem retirados, o médico costuma indicar uma pomada para acelerar o processo de cicatrização. Durante o puerpério, seja após um parto normal ou cesárea, as mulheres também apresentam uma secreção vaginal chamada de loquiação. Ela é um produto da cicatrização da área do útero onde estava situada a placenta. Nos primeiros dias, essa secreção é de cor vermelha, depois vai se tornando mais escura, até ficar amarelada (aproximadamente 10 dias após o parto). Esse processo de cicatrização costuma ser finalizado dentro de seis semanas. Durante esse período a mulher deve usar absorventes (preferencialmente não internos) ou roupas íntimas descartáveis para conter a secreção.

Fatores que podem afetar a duração do resguardo

Por se tratar de uma cirurgia, a cesárea pode ocasionar algumas complicações que vão influenciar no tempo de recuperação e resguardo pós-parto. Além disso, o contexto e as condições em que a mulher está inserida também vão interferir nesse processo.  

Complicações pós-operatórias

As cesarianas estão associadas ao maior risco de hemorragia e infecções pós-parto. Embolia pulmonar, trombose e lesões na bexiga e no útero também podem ocorrer, exigindo outros procedimentos e maior tempo de recuperação. O sangramento denominado loquiação, decorrente da cicatrização do útero, é normal e esperado após o parto. No entanto, se a cor da secreção não for clareando com o passar dos dias e houver um cheiro forte, procure o seu médico, há riscos de infecção. 

Condições de saúde pré-existentes

Se a mãe tiver alguma doença prévia ou se a cesariana não foi uma escolha, mas uma indicação médica decorrente de algum problema materno ou fetal, o tempo de recuperação pode ser mais longo. As cesarianas costumam ser indicadas quando a placenta está sob o colo do útero, obstruindo a passagem do bebê, quando há risco iminente de que as paredes do útero se rompam durante o parto ou quando é necessária uma intervenção cirúrgica prévia no útero, como a retirada de miomas — entre outros casos.  As infecções que têm alto risco de serem transmitidas para o bebê em um parto vaginal, como a herpes genital e o HIV com alta carga viral, também levam à indicação de uma cesárea e podem aumentar o tempo de resguardo. 

Necessidade de cuidar de outros filhos ou responsabilidades

O contexto em que a mãe está inserida também influencia no tempo de resguardo. O pós-parto, ainda que seja de um parto normal, é um momento muito delicado. Se a mulher não tem uma rede de apoio ou um parceiro presente, um tempo de licença maternidade adequado, além de ter outros filhos que precisam dos seus cuidados, é possível que ela acabe não respeitando o tempo de repouso adequado. Isso pode gerar complicações físicas e emocionais que, no final, acabam aumentando o tempo geral de recuperação. 

Importância de seguir as orientações médicas

Sobretudo depois de uma cesariana, que oferece mais riscos de complicação pós-cirúrgica, é fundamental contar com um acompanhamento médico de perto. Siga as orientações do profissional de confiança que cuidou do seu parto e não tente apressar o processo. Este é um momento em que todos os esforços devem estar concentrados na sua recuperação e nos cuidados com o bebê. A mulher só deve voltar a ter relações sexuais com, em média, 40 dias de resguardo – o sexo aumenta o risco de infecções, a região pélvica ainda está cicatrizando. Mantenha uma alimentação balanceada e saudável, fornecendo os nutrientes necessários para a recuperação do corpo. Faça uma dieta rica em proteínas, incluindo também frutas, vegetais e grãos integrais. Reforce a ingestão de líquido, matéria prima para produção do leite. Reduza o consumo de alimentos processados, ricos em gorduras saturadas e açúcares adicionados.

Busque suporte emocional e físico durante o resguardo

O período de resguardo, depois de uma cesárea ou de um parto normal, também é conhecido como puerpério. Trata-se da fase de recuperação física e emocional da mãe após o parto. Ele dura em média seis semanas, mas o puerpério emocional, marcado por intensas mudanças de humor e transformações psicológicas, pode continuar além dos 45 dias de praxe. Por isso, a mulher precisa contar com uma rede de apoio e vínculos sólidos para se apoiar esse momento tão sensível, para o corpo e para a mente. 

Certo grau de tristeza e instabilidade emocional é comum no puerpério – o chamado baby blues – mas se esse estado se torna permanente e profundo, é hora de ligar o alerta e procurar um aconselhamento psicológico. O apoio dos familiares e amigos é fundamental para que a mulher não se sinta isolada ou desamparada para lidar com tantos desafios.

Em termos de recuperação física, além do sangramento natural de cicatrização do útero, é comum que no puerpério as mulheres tenham incontinência urinária de esforço e escapes de urina. A gestação aumenta a pressão sobre o assoalho pélvico, musculatura que dá sustentação à bexiga, o que leva a esse tipo de quadro, que geralmente é temporário. 

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