A menopausa é causada pela redução na produção de hormônios, especificamente o estrogênio. Com o passar dos anos, o corpo gradualmente para de produzir o estrogênio, o que não acontece de maneira abrupta, podendo levar anos para que esse hormônio tenha redução em seus níveis. No entanto, muito se fala sobre o período em que acontece a menopausa, mas o que muda após a menopausa?

A fase pós-menopausa corresponde ao período após o evento da menopausa propriamente dito. Deste modo, os sintomas climatéricos que são os mais conhecidos: ondas de calor, insônia, diminuição da libido, mudanças de humor e ressecamento vaginal ainda permanecem e podem, ou não, se intensificar. Trata-se de algo particular e varia de acordo com cada mulher. Algumas continuam com esses sintomas por até dez anos após a menopausa.

Importância de entender as mudanças após a menopausa

Compreender que essa fase irá chegar é importante para que, de certa forma, a mulher possa se preparar e buscar orientações médicas sobre como enfrentar essa fase. Nem todas as mulheres irão desfrutar de todos os sintomas, eles podem variar de acordo com cada uma. Por isso, é importante conhecê-los para que possam ser identificados quando chegar o momento.

Mudanças físicas após a menopausa

Existem impactos físicos e emocionais nessa fase. Como resultado da queda dos níveis de estrogênio, alguns sintomas são mais acentuados e comum nas mulheres, como: ondas de calor, suores noturnos, mau humor e perda de interesse por sexo. Veja a seguir como eles atingem as mulheres nesse período: 

Diminuição dos hormônios sexuais femininos

Os principais hormônios sexuais da mulher são o estrogênio e a progesterona, que são produzidos pelos ovários na fase reprodutiva. Quando o corpo diminui a produção desses hormônios, os ciclos menstruais ficam irregulares e o desejo sexual também pode diminuir.

Mudanças na pele, cabelo e unhas

Os cabelos perdem o viço e tendem a ficar mais quebradiços, já que o estrogênio influencia em seu crescimento de várias maneiras. Em contrapartida, pode acontecer um aumento no crescimento de pelos faciais e uma diminuição na quantidade de pelos corporais e pubianos conforme os níveis de estrogênios diminui.

A pele também passa por mudanças nessa fase, podendo ficar mais fina, ressecada e podem surgir rugas. Isso ocorre devido à diminuição da elasticidade e perda gradativa do colágeno que está associada a redução do hormônio estrogênio. A saúde das unhas também sofrem com essa perda e tendem a ficar mais quebradiças.

Perda de massa óssea

A perda de massa óssea está associada à redução de estrogênio e como consequência, pode surgir a osteoporose. Este é um fator de risco adicional principalmente após os 50 anos, visto que o hormônio tem papel importante na sua composição e manutenção.

A princípio pode iniciar com um quadro de osteopenia, perda discreta de massa óssea, sem risco de fraturas. Porém, pode evoluir para a osteoporose, onde existem grandes perdas de massa óssea, podendo aumentar o risco de fraturas se não tratada. Vale um alerta: a evolução da osteoporose costuma ser silenciosa, por isso a importância de acompanhamento médico na fase pré e pós-menopausa.

Alterações na distribuição de gordura corporal

É um erro pensar que a menopausa causa um aumento de peso, o que se percebe é o  armazenamento de gordura direcionado ao abdômen, consequência da baixa quantidade dos hormônios femininos. Antes dessa fase, a gordura era acentuada, geralmente nas coxas e no quadril. 

É a chamada gordura visceral que geralmente traz incômodos para as mulheres, sendo também algo preocupante, pois aumenta o risco para diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, além de se tornar difícil de eliminar. Cuidar da alimentação evitando alimentos ricos em gorduras e açúcar e a prática de atividade física pode ajudar no controle dessa situação e evitar tais doenças crônicas.

Aumento do risco de doenças cardíacas e outras doenças crônicas

Existe uma relação entre menopausa e doenças cardíacas, pouco se fala sobre, porém é um assunto importante que precisa ser de conhecimento da população feminina. 

O risco de doenças cardiovasculares tende a aumentar durante a menopausa como consequência dos baixos níveis de estrogênio, que é um protetor do coração, pois estimula a dilatação dos vasos a fim de facilitar o fluxo sanguíneo. O acompanhamento médico e check-ups frequentes é um fator importante para prevenção. Adotar hábitos saudáveis que incluem alimentação e atividade física para o corpo funcionar adequadamente, evitar fumar e ingerir bebida alcoólica em quantidades exageradas também são fatores preventivos.

Mudanças emocionais e comportamentais após a menopausa

Durante a menopausa, os níveis hormonais da mulher sofrem alterações, afetando diretamente seu estado emocional e comportamento. Alguns sintomas comuns incluem alterações de humor, irritabilidade, ansiedade, depressão, insônia e perda de libido. Além disso, as mulheres podem sentir-se menos confiantes, ter dificuldades em lidar com o estresse e experimentar sentimentos de solidão e isolamento.

Sintomas de depressão e ansiedade

Durante a menopausa existem alterações psicológicas e emocionais que se não tratadas podem se estender e prejudicar o funcionamento da vida da mulher. Uma das principais alterações percebidas é no humor, onde se intercala entre tristeza, irritabilidade e até mesmo angústia. Esse quadro pode impactar o bem-estar e a qualidade de vida. 

Tradicionalmente a menopausa é vista como uma fase negativa para as mulheres. No entanto, vale lembrar que não se trata de uma doença, mas de uma transição natural entre as fases da vida. Quando sintomas de ordem emocional são intensos e perdura até o fim da menopausa, pode ser necessário buscar ajuda de um psicólogo.

Alterações no sono e na energia

As queixas relacionadas à alteração do sono, como a insônia e apneia do sono, são frequentes na menopausa e na pós-menopausa. Algumas mulheres podem perceber que têm dificuldade em iniciar ou manter o sono.

As mulheres que estão passando pela menopausa relatam ter um tempo menor de sono em relação às que estão na fase reprodutiva. Além de serem menos reparadores, também há maior número de despertares devido ao aumento da necessidade de urinar pela noite – conhecido como noctúria –  que é um quadro comum em mulheres durante e após a menopausa.

Nesses casos, o uso de roupa íntima descartável pode ser viável. A Bigfral possui uma grande variedade que se ajusta a cada necessidade, as roupas íntimas possuem tecnologia Wet Block que absorve o líquido rapidamente mantendo a umidade longe da pele, barreiras antivazamento e sistema antiodor.

A rotina corrida normalmente nos causa cansaço e falta de energia para algumas tarefas e para isso uma noite de sono reparador pode ajudar. Mas quando esse sintoma chega como efeito da menopausa? 

Essa exaustão se dá pela queda dos hormônios estrogênio e progesterona causando um desequilíbrio na energia. Outro fator é a qualidade do sono que não vem sendo tão satisfatória devido aos sintomas como sudorese e as ondas de calor que podem prejudicar a noite de sono e levar a um cansaço crônico. A maneira mais eficaz contra a fadiga é o exercício físico, uma simples caminhada já pode ser o suficiente. O importante é mexer o corpo

Mudanças na sexualidade e na intimidade

A vida sexual da mulher pode passar por significativas mudanças nesse período, como a diminuição do desejo sexual ou a perda da libido. Esses fatores podem interferir nos relacionamentos afetivos e na autoestima. Um dos motivos se dá pelo ressecamento e atrofia vaginal que deixam o ato sexual desconfortável e em algumas mulheres até doloroso. Além das causas fisiológicas, há também componentes emocionais relacionados a esse período que podem impactar de forma negativa a vida sexual.