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Entenda a relação entre estrogênio e osteoporose


Entenda a relação entre estrogênio e osteoporose

4 meses atrás / 5 min de leitura

O risco aumentado de desenvolver osteoporose está entre as preocupações de saúde trazidas pela menopausa. Alguns anos antes do fim efetivo dos ciclos menstruais – a pré-menopausa pode começar por volta dos 40 anos – os ovários começam a diminuir a produção de estrogênio e progesterona. Os níveis baixos de estrogênio são os responsáveis por grande parte das mudanças corporais dessa fase, inclusive as mudanças na saúde óssea. Entenda neste artigo a relação entre estrogênio e osteoporose, qual o impacto na menopausa, quais são as estratégias de prevenção e as opções de tratamento. 

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva da densidade mineral óssea e pela deterioração da estrutura dos ossos, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Trata-se de uma doença silenciosa, nos estágios iniciais os pacientes dificilmente apresentam sintomas. Muitas vezes, o diagnóstico só chega quando ocorre uma fratura. 

Fatores de risco incluem envelhecimento, deficiência hormonal, tabagismo, alto consumo de álcool, baixa ingestão de cálcio e vitamina D, histórico familiar da doença e, para as mulheres, a menopausa. A falta de estrogênio causada pela menopausa acelera a perda de densidade óssea, o que aumenta as chances de que o quadro evolua para a osteoporose. Por isso, as mulheres com mais de 50 anos são a parcela da população mais atingida pela doença. 

Importância do estrogênio na saúde óssea

Apesar dos outros fatores de risco, a falta de estrogênio e a osteoporose estão diretamente ligados. O estrogênio desempenha um papel vital na manutenção da saúde óssea, especialmente nas mulheres. Sua função nos ossos está relacionada ao processo de remodelação óssea, que envolve a formação de osso novo (osteogênese) e a reabsorção óssea.

Conexão entre deficiência de estrogênio e osteoporose

A falta de estrogênio pode causar osteoporose porque ele estimula a atividade dos osteoblastos (células responsáveis pela formação de osso), além de promover a síntese de colágeno e outros componentes da matriz óssea. O estrogênio também inibe a atividade dos osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção óssea. Ao limitar a ação dos osteoclastos, o estrogênio ajuda a manter a densidade óssea. Portanto, os níveis baixos de estrogênio podem comprometer todas essas atividades que atuam na manutenção da saúde óssea. 

A perda de densidade óssea é chamada de osteopenia. A diferença da osteopenia para a osteoporose é o nível de perda óssea: leve na osteopenia e crítica na osteoporose, fragilizando excessivamente os ossos. 

Aceleração da perda óssea pós-menopausa

Homens e mulheres atingem o pico da massa óssea mais ou menos aos 30 anos. A partir dessa idade, os ossos vão perdendo densidade e tendem a se degradar, mais do que se regenerar. A transição para a menopausa, conhecida como perimenopausa, e os primeiros anos da menopausa são períodos em que essa perda óssea se acelera, aumentando o risco de osteoporose e fraturas. No entanto, a perda maior acontece na pós-menopausa. De acordo com a Associação Médica Brasileira, a perda de massa óssea é 10 vezes maior depois da última menstruação.  

Relação entre osteoporose e fraturas

Devido à perda de densidade e qualidade dos ossos, as pessoas com osteoporose têm ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas mesmo em situações de baixo impacto. As fraturas mais comuns ocorrem nos quadris, coluna vertebral e punhos. Fraturas vertebrais, em particular, podem causar dor intensa, redução da mobilidade e alterações na postura, comprometendo significativamente a qualidade de vida. Em casos graves, as mulheres podem perder um pouco da estatura ou desenvolver uma curvatura na parte de cima das costas (corcunda).

Alternativas para preservação da saúde óssea

O melhor a fazer, antes que a perda óssea se acelere na pós-menopausa, é adotar as estratégias de prevenção. Veja quais são as principais recomendações dos profissionais de saúde:

Dieta rica em cálcio e vitamina D

Uma dieta equilibrada, rica em cálcio e vitamina D, desempenha um papel fundamental na prevenção da osteoporose. O cálcio é essencial para a formação e manutenção da densidade óssea, enquanto a vitamina D facilita sua absorção no organismo. Laticínios, vegetais verde-escuros e peixes ricos em ácidos graxos ômega-3 (salmão, atum, sardinha) são fontes desses nutrientes. O médico também pode recomendar suplementos, especialmente para quem tem deficiências nutricionais ou pouco acesso à exposição solar, que é determinante para a síntese natural de vitamina D na pele.

Exercícios físicos e impacto positivo nos ossos

A prática regular de exercícios físicos ajuda a fortalecer os ossos e a evitar a perda óssea na menopausa. E quando se fala em exercícios para prevenção da osteoporose, não há como fugir da musculação. As atividades de resistência, ou seja, levantamento de peso, são particularmente eficazes, pois estimulam a formação óssea e a melhoria da densidade mineral. Práticas de impacto moderado, como caminhadas, corridas leves e dança, também são benéficas. 

Outras abordagens de estilo de vida saudável

Adotar um estilo de vida saudável é uma recomendação básica no tratamento e prevenção de qualquer doença, e não é diferente com a osteoporose na menopausa. Evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool são atitudes importantes, pois esses hábitos tendem a comprometer a saúde óssea. O controle do peso corporal também é relevante, uma vez que a obesidade e a magreza extrema podem impactar negativamente a densidade óssea.

Importância do cuidado ósseo na saúde da mulher pós-menopausa

Como a osteoporose é uma doença, em muitos casos, silenciosa, é fundamental que as mulheres na pós-menopausa façam exames regulares para monitorar o processo de perda óssea. Isso pode ser feito por meio dos exames de densitometria óssea, realizados por aparelhos de dupla emissão de raio-X, porém com baixa dosagem de radiação. O médico também deve ficar atento a possíveis sintomas, como a dor prolongada e severa no meio das costas (provável sinal de fraturas na espinha pela osteoporose), além de mudanças no formato da espinha e perda de estatura. Embora seja normal perder estatura durante o envelhecimento, a maioria dos especialistas concorda que uma perda de 3,8 cm ou mais deve aumentar o cuidado para a osteoporose. 

O tratamento para a osteoporose pode incluir o uso de medicamentos como os bifosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico). No caso da osteoporose na pós-menopausa, a terapia de reposição hormonal, regularizando os níveis de estrogênio, também é capaz de desacelerar a perda óssea. No entanto, só um profissional de saúde qualificado poderá avaliar os riscos e benefícios desse tratamento de acordo com o histórico e a condição de cada mulher. 

Viver a menopausa com saúde, informação e consciência

Apesar de aumentar o risco de desenvolver doenças como a osteoporose, a menopausa, por si só, não é uma doença. Trata-se de um processo natural de envelhecimento e mudanças no corpo. Entre os outros sintomas da falta de estrogênio nessa fase estão as ondas de calor, o ressecamento vaginal, as mudanças de humor e a incontinência urinária. 

Sim, são muitos desconfortos. Além do mais, em uma sociedade que supervaloriza a juventude, a gente sabe que viver todas essas mudanças não é fácil. Bigfral acredita que é possível mudar esse cenário e viver a menopausa com mais leveza, saúde e acolhimento. Por isso criamos o movimento Juntas e Seguras. Nossa missão é ajudar mulheres a falar de forma aberta e descomplicada sobre a menopausa e o amadurecimento feminino. Compartilhamos conhecimento prático para vivenciar bem o processo e conscientizamos a sociedade sobre o tema, evitando que as mulheres se isolem ou se sintam envergonhadas. 

Cerca de 20% das mulheres na menopausa sofrem com a incontinência urinária. Mas, você não precisa deixar de participar da vida social por medo dos escapes de urina. Bigfral criou roupas íntimas descartáveis especialmente para mulheres, no estilo calcinha. Elas vestem como uma roupa íntima comum, mas têm a praticidade e a segurança do descartável. Conheça nossos produtos e viva esse momento de transição com mais conforto e confiança. 

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